“O apego diz: eu te amo, por isso quero que você me faça feliz.
O amor genuíno diz: eu te amo, por isso quero que você seja feliz. Se isso me incluir, ótimo. Se não me incluir, eu só quero a sua felicidade.”
(Monja Coen)
Foi isso.
01 sexta-feira dez 2017
Posted daquela coisa chamada coração, Vida
in“O apego diz: eu te amo, por isso quero que você me faça feliz.
O amor genuíno diz: eu te amo, por isso quero que você seja feliz. Se isso me incluir, ótimo. Se não me incluir, eu só quero a sua felicidade.”
(Monja Coen)
Foi isso.
25 sábado jun 2016
Diga a ele que ela não fala mais dele. Talvez pense, mas nunca mais falou. Diga que ela está mudada. Que se livrou dos remédios pra dormir, e hoje é alguém que ama gatos, cultiva plantas e até começou a praticar yoga. Ele deve lembrar do jeito sobrecarregado e desorganizado dela e saber que foram duas ou três sessões de yoga até ela achar uma desculpa pra não ir mais. Mas ela mudou bastante, eu juro. Quer dizer, ela continua gostando de ir ao cinema sozinha, de filmes de baixo orçamento e brigadeiro de panela. Continua sem saber se alimentar e deixando de cozinhar pra não ter que lavar a louça, mas até topa cozinhar se tiver companhia. Diga a ele que ela se envergonha de muitas opiniões e atitudes de anos atrás. Que ela cresceu e que jamais visitou novamente as ideias da direita política. Que ela quer se tornar vegetariana e fazer trabalho voluntário. Diga a ele que ela aprendeu a calar, mas ainda sabe se impôr quando precisa, e faz com muita elegancia. Continua tomando café sem açucar e o único vício dela ainda é doce de leite. Conta pra ele que ela ama verdadeiramente o que estuda, que ela se realiza todos os dias com o que faz. Que ela continua fugindo de tudo e de todos, mas é só força do hábito. Diga a ele que já tem uns 5 anos que ela substituiu roupas pretas por coloridas e não pinta mais o cabelo de jeito nenhum. Conta pra ele que ela ainda lembra dele no mês de setembro, mas desistiu de ter saudade. Talvez, lá no fundinho, ela ainda o espere, mas jamais vai admitir – a não ser pra si mesma. Ela está mais próxima do equilíbrio, na maior parte do tempo. Diga que ele iria adorar conhecê-la novamente. E que ele deveria.
01 quarta-feira jun 2016
Posted daquela coisa chamada coração, Vida
inA gente sabe que às vezes foge. Sem perceber, faz coisas sem saber o motivo e sem parar pra pensar que tá fazendo pra fugir. A gente sabe que às vezes se força a fazer coisas que acha que precisa, mas não quer. A gente se molda em fôrmas onde não cabe.
Uma vez, durante o término de um relacionamento com um cara muito bacana, ele me disse que sentia como se estivesse tentando encaixar um quadrado dentro de um círculo. Teria que cortar as pontas, e ainda ficaria alguns buracos. (Tem como não gostar de um cara que faz um paralelo desses?) O relacionamento acabou em comum acordo, e descobrimos que somos melhores em sermos amigos do que em tentar vestir o que não nos cabe. Nos tornamos um para o outro o que tínhamos potencial para ser: duas pessoas que querem o bem uma da outra e que se apoiam no que podem. Porque o amor pode ter várias formas, a amizade é uma delas. E isso não é a gente que define. Mas a gente sabe que às vezes, tenta. E insiste. E se machuca tentando se encaixar onde não cabe.
A gente sabe, mas finge não saber que, enquanto tenta se moldar onde não cabe, está deixando um vazio em algum outro lugar onde se encaixaria perfeitamente – se tivesse coragem de ir até lá.
08 domingo set 2013
Era setembro, o mês em que as coisas costumavam acontecer.
Por enquanto, setembro está sendo só saudade.
E só pra você saber…
02 domingo jun 2013
Posted daquela coisa chamada coração, Literatura, Vida
inJá estou acostumada a ser espectadora da vida. De vez em quando, até me permitem algum tipo de interação, mas a maior parte do tempo é assim: a tv ao fundo, contando histórias que não me interessam, e uma pilha de livros ao lado esperando para serem lidos. De vez em quando eu até leio. De vez em quando eu até me empenho. De vez em quando eu até vivo. Não é sempre, mas acontece. Na multidão, eu finjo ser como todos, mas olho cada pessoa e não reconheço nenhuma semelhança.
É que eu tenho essa mania de viver para dentro, escrevendo textos mentalmente, fazendo rimas inesperadas em meus pensamentos, imaginando como seria a vida se eu não tivesse tomado tantas decisões motivadas por um coração burro.
Dentro de mim mora um Dom Quixote, que desde sempre se recusa a me abandonar. Acho que isso que eu acabei de chamar de coração burro é ele, esse passageiro que finge acreditar que a vida pode ser um romance, e não se segura quando tem a oportunidade de partir em uma jornada buscando viver sua própria história, encontrar seu amor e passar o resto dos seus dias adornado por pequenas alegrias.
Procura-se: um exorcista para encosto de Dom Quixote.
03 sexta-feira maio 2013
Posted daquela coisa chamada coração, Vida
inPode ser que eu esteja presa em uma noite que já dura dias.
No escuro e de longe, observo as estrelas e fico feliz por elas brilharem, embora eu não possa agora.
Não sei quando essa minha noite vai terminar, mas quando eu amanhecer…
Quando eu voltar a me olhar no espelho, a usar meu salto fino, meu batom vermelho, quando eu voltar a sorrir, quando eu voltar a viver…Meu bem, ninguém mais vai roubar meus dias de sol.
Ninguém mais vai me ganhar com auto-afirmação disfarçada de paixão.
Ninguém mais vai me roubar de mim.
Ninguém!
20 sábado abr 2013
Posted daquela coisa chamada coração, Vida
inA gente não percebe, mas às vezes a vida pára. Pára naquele momento de felicidade em que você sequer se deu conta de que estava tão feliz. Pára naquele momento em que absolutamente tudo parece estar exatamente onde deveria, que a vida é perfeita, que o mundo é paraíso. A vida pára como em uma foto de um momento feliz.
E a gente segue vivendo, sem perceber que a vida tinha parado. Segue a rotina, volta à realidade sem se dar conta de ter sido tão feliz. A gente cumpre os horários, refaz os planos, toma decisões, e um dia se dá conta de que já foi feliz no nível máximo que alguém pode ser. E aprende que a vida parou ali, e só resta a alternativa de carregar aquela fotografia e as saudades do que havia naquele momento em que a vida parou.
“Quando o dia não passar de um retrato
Colorindo de saudade o meu quarto
Só aí vou ter certeza, de fato
Que eu fui feliz…”
31 quinta-feira jan 2013
Felizmente, nem tudo tem começo, meio e fim. Eu acredito em coisas infinitas.
Existem muitas coisas infinitas dentro de mim. Pessoas, lugares, viagens, sentimentos, festas, fases…que passaram.
Não vivo mais lá, mas algumas lembranças são privilégio de quem as viveu, e até que o Alzheimer nos separe, eu terei lembranças eternas.
Lembranças que me fazem pensar em como eu já fui estupidamente feliz, e que me provam que posso ser ainda mais.
Saudade não se define porque não existem limites quando se trata de sentimento; quando se trata do que sobrevive ao tempo e à distância. A saudade, vez em quando traz de volta o que já fez a vida valer a pena…
Na solidão da penumbra do amanhecer.
Via você na noite, nas estrelas, nos planetas,
nos mares, no brilho do sol e no anoitecer.Via você no ontem , no hoje, no amanhã…
Mas não via você no momento.Que saudade…
(Mário Quintana)
10 quinta-feira jan 2013
Porque quando a gente precisa que alguém fique, a gente constrói qualquer coisa, até um castelo. (Caio F. Abreu)
Meu ano terminou com uma dose quase letal de realidade. E uma realidade tão pesada que minhas costas não aguentaram.
Nem as injeções e os coquetéis de antinflamatórios e analgésicos conseguem aliviar.
Passei tempo demais limpando meus escombros e reconstruindo meu castelo que quando estava quase pronto, caiu de novo.
Chega de tentar reconstruir o que desabou.
Agora eu só quero uma jangada que me leve ao próximo recomeço, seja onde for.
10 quinta-feira maio 2012
Perdi o sono, a compostura, a hora, a receita do bolo e do remédio. Perdi amores, casa, festas, oportunidades, família. Perdi tempo, sonhos, amigos, energia. Perdi concursos, objetivos, convicções e fé.
Perdi e não sei até quando vou conseguir conviver com isso
“Sonhos são como deuses, quando não se acredita neles, deixam de existir.” (Moska)